Incógnita

O frio se intensificava, não sabia se era físico ou algo na alma, um vazio talvez, não poderia vazios coexistirem com coisas cheias. Contudo não entendia o que a fez talvez estar com esse vazio, talvez uma decepção, ou até algo inexplicável. Tinha que preencher, com calma, claro, das vezes que não soube esperar se deu mal.

Quebrou a cara algumas vezes por não saber esperar, mas será que aquilo não era normal, para aprender as vezes tem que se machucar, o que seria de uma infância sem alguma queda, são histórias para contar, poderia dizer a seus filhos que na juventude soube viver, mesmo tendo se machucado um pouco, se sentido vazia as vezes, mas viveu, descobriu que havia um mundo fora da tela do seu celular. Mais importante poderia dizer que descobriu o que era amar (por mais que agora não sabia explicar) e que mesmo que fosse complicado iria sugerir o mesmo para eles, que amassem, sem medo dos machucados, porque eles sarariam.
Mais com amor tudo ganhava um novo significado e eles mereceriam saber disso. Voltou a olhar para as estrelas, encerrando seus pensamentos, levantou do banco, sacudiu o casaco que vestia foi em direção a lua, talvez ela pudesse explicar o que era amor, estava louca para aprender a amar.